Precisamos falar sobre a Síndrome de Burnout e como ela está ficando cada vez mais frequente entre jovens e adultos.
Batizada assim pela medicina americana, a Síndrome de Burnout é um distúrbio mental que afeta, principalmente, os mais jovens no ambiente de trabalho. No Brasil, o segundo país com os maiores índices de depressão e onde boa parte das licenças de trabalho são motivadas por distúrbios psíquicos, é preciso ficar ainda mais atento a este perigo.
Geralmente atrelada ao estresse e ansiedade, o Burnout causa o esgotamento do indivíduo com sintomas como: insônia, indisposição, irritação, desânimo, falta de apetite e perda de libido.
O acúmulo de estresse e o medo do fracasso
As situações de estresse cada vez mais comuns e o medo iminente do fracasso são as principais causas do burnout entre os jovens. A pressão de superar todos os desafios pessoais e profissionais sem causar problemas ou ter falhas é constante no dia a dia, muitas vezes fazendo o indivíduo ultrapassar o seu limite de fadiga física e mental e gerando uma série de fatores negativos em todo o organismo.
A doença, que em 2022 entra na lista da OMS (Organização Mundial de Saúde) como um fenômeno ocupacional, também é conhecida por gerar níveis altíssimos de ansiedade e depressão, especialmente em pessoas perfeccionistas e controladoras ou que são extremamente exigentes consigo mesmas.
Esse conjunto de sinais e sintomas remete o indivíduo à fadiga crônica, cuja etiologia envolve-se com o desequilíbrio de neurotransmissores cerebrais, como a diminuição dos níveis de serotonina (5-HT), que, por sua vez, é derivada do triptofano, um aminoácido veiculado pela dieta através de alimentos ricos em proteína. É possível que o metabolismo energético, secundário a mudanças endócrinas, seja alterado na síndrome do excesso de treinamento e, consequentemente, afete também a fadiga. Estudos demonstram que deficiências ou desequilíbrios em neurotransmissores e neuromoduladores podem ser causados por severo ou longo estresse.
Três sinais para identificar o Burnout e três dicas para evitá-lo
Existem três sinais para ficar atento no ambiente de trabalho e identificar o profissional com Burnout: a falta de energia; o negativismo; e a redução da produtividade.
Existem rotinas que podem ser colocadas em prática para desacelerar o dia a dia, desviar um pouco a mente dos problemas e, principalmente, reduzir a sensação de sufoco que vem com as responsabilidades. Confira a seguir como evitar o Burnout
1 – Praticar atividades físicas
Gastar energia em uma atividade física é essencial para melhorar a qualidade de vida, isso porque quando praticamos uma atividade física o nosso cérebro libera substâncias como melatonina, serotonina e endorfina no nosso sistema, hormônios essenciais que aumentam a sensação de prazer e satisfação.
2 – Desconectar
Com a quantidade de tecnologia que nos cerca, é cada vez mais difícil nos desconectarmos do mundo, porém esse é um sacrifício muitas vezes necessário para quem sofre com os níveis altos de estresse. Saber a hora de deixar as redes sociais ou o trabalho de lado e focar em um tempo para si mesmo, pode ser a grande diferença para escapar do esgotamento.
3 – Organizar o tempo e cuidar do sono
Organizar a rotina e o tempo do seu dia também é uma forma de fugir do Burnout, mas o mais importante é saber seguir o que foi definido e não extrapolar os limites impostos para cada atividade, cuidando para ter um cronograma balanceado entre trabalho e descanso. Esse sistema é extremamente eficiente, especialmente para os que se consideram workaholics e não sabem a hora de trocar o dever por um pouco de diversão.
Complemente tudo isso com uma boa alimentação
Uma alimentação equilibrada com os nutrientes certos também pode ser uma boa aliada. Alimentos que contém Triptofano, por exemplo, ajudam na produção de serotonina e melatonina.
A serotonina é um hormônio neurotransmissor, responsável por regular: o sono; o apetite; a temperatura corporal; movimentos do corpo; funções intelectuais fundamentais; e estabilização do humor.
Já a melatonina é um hormônio conhecido por: regular o relógio biológico; influenciar no bom funcionamento de funções metabólicas; e influenciar no sono-vigília.
O triptofano pode ser encontrado em alguns alimentos, especialmente aqueles ricos em proteínas:
- Frango
- Ovos
- Queijo
- Peixes
- Sementes de abóbora e gergelim
- Chocolate meio amargo
É muito importante que essas dicas sejam colocadas em prática em conjunto com as recomendações de um profissional da saúde. Apenas ele poderá diagnosticar a doença e indicar o tratamento adequado para cada situação.
Confira mais conteúdos como esse no Blog UpVitam e receba dicas de como complementar o seu bem-estar.
———————————————————————–
Os conteúdos apresentados neste site e mídias sociais se destinam ao conhecimento em geral e não substituem o aconselhamento e o acompanhamento de médicos, farmacêuticos, nutricionistas e/ou outros profissionais da saúde. As informações descritas no site e nas mídias sociais não tem condão de diagnosticar, tratar, prevenir ou curar doenças. Lembre-se o acompanhamento por um profissional de saúde é fundamental para prevenir complicações de saúde. Recomendamos uma alimentação adequada associada com a prática de exercícios físicos para a manutenção da saúde e qualidade de vida.
Fontes:
- Controlar a mente. Disponível em: <https://www.einstein.br/noticias/noticia/controlar-a-mente> Acesso: Fevereiro 2021
- Burnout e estresse: entre medicalização e psicologização. Disponível em <https://scielosp.org/article/physis/2019.v29n2/e290206/> Acesso: Fevereiro 2021
- Triptofano. O que é, benefícios e onde encontrar. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18156-triptofano> Acesso: Fevereiro 2021
- Como evitar o esgotamento profissional
Disponível em: <https://www.vittude.com/blog/burnout/> Acesso: Fevereiro 2021 - Melatonina é considerada hormônio do sono. Disponível em: <https://guiadafarmacia.com.br/melatonina-e-considerada-hormonio-do-sono/>. Acesso em Fevereiro 2021.
